sexta-feira, 2 de maio de 2008

Conversas Fragmentadas

É impressionante a quantidade de fragmentos de histórias que ouvimos enquanto andamos na rua, no shopping, ou em qualquer lugar público. Vêm conversando duas senhoras: “Menina, ela descobriu que ele botava chifre na esposa!”, “E aí?”, “Ah, aí um dia ela pegou a faca e...”. Que vontade de saber o final dessa história digna de novela mexicana, não é? Bem, mas o sinal fechou e você teve que atravessar a rua. E lá se vão as senhoras, gesticulando empolgadas, te deixando curioso.

Ouvir telefonemas também é algo bem divertido quando se está sozinho, ou entediado, esperando alguém chegar. Ligações de gente que reclama com operadoras de telefone são o “top de linha” do divertimento. A gente vai captando as pequenas alterações na pessoa. Quando ela começa a aumentar um pouco a voz, pode reparar, você vai começar a sorrir. Se estiver com algum conhecido do lado, você olha pra ele e os dois fazem uma careta do tipo: “Brabo o moço, não?”.

Se a pessoa começar a gritar no telefone, então, é o ápice. Nesse momento, todo mundo já começa a olhar pra ela, como se fosse uma tv de plasma passando a final da Copa do Mundo (com o Brasil jogando!). “Eu não quero mais essa droga de telefone! Eu quero que vocês se lasquem! Seus filhos de uma égua! Arrrrgh!”. O clássico “estão olhando o quê?”, dito pelo estressado, também se faz presente. Ora, sinceramente, o que o sujeito acha que estamos olhando? “Desculpe, senhor. Mas essa mancha de mostarda no seu canto da boca nos chamou a atenção. Aliás, minto. Na verdade, estamos olhando sua sobrancelha que lembra, incrivelmente, uma lacraia”.

No momento que ele desliga o telefone, todo mundo fica com medo do estressado vir falar com você. Mesmo que seja algo simples. “É revoltante! Eu fico indignado com essa gente! Cê num concorda?”. Se ele falasse que apóia a candidatura de Carla Perez à presidência da República, você concordaria. É natural, num caso desses. Ele é “O Estressado”, afinal. Concordamos e tentamos sair de perto o mais rápido possível. Afinal, nós queremos assistir ao show. Fazer parte dele são outros quinhentos.

6 comentários:

Juliane Medeiros disse...

Daaaan
Muito maneiro o texto...
Podes crer que isso sempre acontece!
Beijo Jornalista

Fabio Cohen disse...

hehhe, o blog ta bom em Dan, como sempre digo, você escreve muito bem =D
e realmente, concordo uaehueahuea participar do show é outros 500 =D.

abração e boa sorte

Unknown disse...

haha .. muito bom baterista !
é realmente muito divertido escutar auqelas conversinhas^^ e irritante qnd vc está se interessando pela conversa e não consegue ouvir tudo! ¬¬
hahahaha
parabéns pelo blog ! (:

Fofy disse...

Huahuaau
Ja cansei de brigar com nego de telemarketing.. ahuahahua

Unknown disse...

hahahhaha...
caraca eh totalmente verdade...
ouvir a conversa dos outros na rua eh mtu hilario!
+o pior de td de fato eh fikr curioso! rsrsrssr
mtu booom... ^^

bjaum figura...

Sylvia de Sá disse...

hahahaha

adoro fragmentos de conversas!
aliás, adoro o cotidiano!

alma de jornalista, néam!? rs

beijão!