quarta-feira, 23 de abril de 2008
Dilema na madrugada
Parece que nossa bexiga está de brincadeira com nossa cara. “Tinha que ser agora mesmo? Eu estava aqui, sonhando com a Mulher Melancia e o E.T de Varginha discutindo a questão do Tibet! As nádegas da Melancia falavam por ela, pedindo o fim da repressão, e o E.T. apenas concordava com a boca aberta! Era incrível! E agora você me acorda, bexiga! Mas que droga!”.
Nessa hora, se passa um pequeno tribunal na nossa cabeça. Um lado diz: “Levanta e vai lá, é melhor. Depois mija nas calças e vai ficar falado em casa... Essas coisas não se controlam”. Enquanto o outro lado, mais forte, nos diz: “Que levantar, o que! Fica aí, que depois a vontade passa! Além do que, andar de madrugada pela casa nunca é bom. Você tem medo de fantasma, não tem? Pois bem, é nessa hora que eles aparecem! O melhor é ficar quietinho, aí”.
É uma escolha dificílima, mas a bexiga sempre vence e você vai cambaleando até o banheiro (depois de parar na frente da lixeira e perceber que está no lugar errado). Quando você volta pra cama, por mais que feche os olhos e pense muito na Mulher Melancia, ela já terá desaparecido. Vai ter que se conformar com o Tiririca te dando aula de Matemática vestindo um chapéu de cowboy.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Moeda no chão
Muitas vezes, pequenas coisas servem para animar todo o nosso dia. Um exemplo? Achar uma moeda de um real no chão. Ver um objeto brilhando na calçada, se abaixar e finalmente confirmar que é dinheiro faz qualquer pessoa deprimida acreditar novamente que existe justiça no mundo! “Um real no chão! Eu vivo no melhor lugar do mundo! Aqui tem dinheiro na calçada, a vida é fantástica!”
Dá uma sensação melhor do que se aparecesse vinte reais em nossa conta no banco. Por mais que o valor seja maior, não causa o mesmo efeito. “Vinte reais na minha conta? Ah, deve ser uma dessas armadilhas do banco. Depois que pegar, vou ter que pagar cinqüenta pra eles, aposto...”.
O engraçado é que a pessoa, na maioria das vezes, sempre compra um bilhete de loteria ou uma raspadinha com este dinheiro achado no chão. A pergunta é: para quê? “Bem, se eu achei essa moeda, é sinal de que ela vai me dar sorte!”. Tá, tudo bem, mas você já deu sorte de ter achado ela! Será que já não valeu? A sorte dá a mão, e a pessoa quer o braço! Na verdade, você daria mais sorte se comprasse um Chokito com essa moeda. Ou aquelas balinhas do ônibus, também conhecidas como “divertimento das crianças" e "passatempo da viagem”.